O que diz a NR 12 sobre Plano de Rigging
O Plano de Rigging é de extrema importância para a movimentação e içamento de carga. O estudo consiste em planejar detalhadamente a movimentação das cargas, de forma que problemas sejam evitados.
Falando de uma forma mais branda, Rigging permite que através de cálculos se pense a melhor maneira possível de executar a movimentação da carga, independentemente do ramo que ela seja, como por exemplo: na remoção industrial.
O que é o plano Rigging?
É um projeto que define as particularizações nas quais uma operação de içamento e movimentação traz. Através de desenhos técnicos, memórias de cálculo, memoriais descritivos etc.
Rigging é fundamental, pois garante um nível mínimo de segurança – claro que o nível máximo vem da utilização correta dos equipamentos de segurança necessários para o procedimento – além de otimizar recursos.
Com esse estudo os riscos de acidentes é reduzido em uma remoção industrial, por exemplo, graças a previsão feita do comportamento real dos componentes.
O que diz a NR12 do plano Rigging?
Criada em 8 de Junho de 1978 pelo da época Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a NR12 ou Norma Regulamentadora 12 tem a função de: garantir que equipamentos e máquinas sejam seguros para seus respectivos trabalhadores.
A NR12 exige relatórios frequentes e completos sobre os ciclos de vida, tanto das máquinas quanto dos equipamentos. É preciso conter informações de:
- Transporte;
- Instalação;
- Utilização;
- Manutenção;
- Final da vida útil.
A NR 12 diz: “É de responsabilidade do empregador adotar medidas de proteção para o uso seguro de máquinas e equipamentos”. Ou seja, a empresa que deve garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores.
As principais medidas da Norma Regulamentadora 12 são:
- Proteção coletiva;
- Administrativas ou de organização;
- Proteção individual.
Objetivos da NR 12:
- Proporcionar segurança ao trabalhador;
- Melhorar as condições de trabalho em: prensas e similares, injetoras, máquinas e equipamentos de uso geral, e demais anexos;
- Máquinas e equipamentos profundamente seguros.
Quem pode assinar?
O laudo de NR 12 deve ser emitido por um profissional legalmente habilitado, Engenheiro Eletricista para sistemas elétricos e de segurança – foco na parte de segurança – e o Engenheiro Mecânico, para condições mecânicas da máquina.
Por que é tão importante?
Simplesmente por segurança. O plano Rigging junto a NR 12 permite que a segurança dos trabalhadores envolvidos esteja 99% garantida.
Quando se trata de movimentação de cargas, manutenção de máquinas, utilização de ferramentas é preciso estar tudo muito bem detalhado. A chance de um colaborador que trabalha com uma máquina se machucar é mil vezes maior do que alguém que passe o dia em um escritório.
Para evitar o máximo desses problemas visando o bem estar e a saúde do colaborador junto a eficiência e otimização de tempo de trabalho existe o plano Rigging junto a NR 12.
Precisa de ART?
Para que tudo isso esteja dentro da lei é preciso uma Anotação de Responsabilidade Técnicas (ART). Esse relatório precisa ir para o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), conforme a Lei nº 6.496/1977.
Segundo a lei o ART é necessário em tudo o que envolva Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
“Art. 1º – Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia, fica sujeito à Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)”.
Segundo a lei nº 218, de 29 de junho 1973 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), foram definidas 18 atividades nas quais o ART é necessário.
O plano Rigging entra na atividade número 2 (estudo, planejamento, projeto e especificação). Como a movimentação de cargas tem, no geral, haver com guindastes e/ou plataformas que caráter elevatórios é necessário que engenheiro mecânico ou de produção/industrial faça as Anotação de Responsabilidade Técnicas (ART).
Quais as etapas do Plano de Rigging?
Etapa 1 – A primeira etapa é a mais teórica, é o momento que precisa ser fazer o levantamento de informações, criar um cronograma e um histograma. São descritos o serviço a ser realizado, a equipe de trabalho e os equipamentos disponíveis.
Etapa 2 – É feito uma visita técnica para avaliação e definição de:
- Interferências no solo (canaletas, bueiros, valas, tubulação etc.) e aéreas (redes elétricas, prédios, pipe rack etc.);
- Condições climáticas;
- Patolamento (fixação no solo) e locomoção da máquina;
- Depósito da peça a ser movimentada;
- Condição do terreno quanto à resistência e nivelamento;
- Fatores adversos: iluminação da área (se o içamento for noturno), isolamento e sinalização, aterramento etc;
- Espaço disponível para o trabalho;
- Pontos de pega e posicionamento da carga;
- Altura máxima e raio necessário na operação;
- Centro de carga da carga a ser içada, incluindo peso e dimensões, dimensionamento.
- Ponto de aplicação das eslingas olhais etc.
Etapa 3 – Consolidação dos dados e elaboração do plano de rigging com:
- Especificação do guindaste;
- Norma aplicada à tabela de carga que foi usada;
- Especificação do serviço a ser realizado e do local onde ocorrerá o içamento;
- Configuração do guindaste (comprimento máximo da lança, raio máximo de operação, altura máxima da lança, ângulo da lança com o solo, contrapeso, tipo de moitão e número de passadas de cabo do moitão);
- Composição da carga para o içamento;
- Capacidade e porcentagem de utilização do guindaste;
- Velocidade do vento com a carga;
- Ação das sapatas no solo e dimensionamento da base de apoio;
- Memorial de cálculo dos acessórios de içamento.
A IPS Engenharia é uma empresa com vasta experiência em todas as etapas da construção, conta com uma equipe de profissionais capacitados que realiza a análise inicial dos projetos, o acompanhamento através de visitas técnicas à obra e a partir desses dados elabora um check list e um relatório final para o aceite da obra. Na parte administrativa, disponibiliza profissionais qualificados para realização de análises contratuais e de documentação.
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