Goliath Crane – 1.500,0t
Cliente: Estaleiro Atlântico Sul
Local: Suape/PE
Ano: 2010
Escopo do Trabalho:
Os Goliath Crane, superguindastes fabricados na China, com capacidade de içamento de 1,5 mil t, altura de 100 m e vão de 164 m, chegaram no Cais de Acabamento do EAS embarcados nos navios Saga Morus e Isadora, respectivamente em julho e novembro de 2009, lembra Adriano Inguanti, também diretor da IPS. Seus módulos mais pesados eram compostos de 22 peças entre 61 t (Hinged Leg Block J1) e 445 t (Main Girder Block 4 + Block 5) que, junto a outros componentes, somavam 4.125 t por equipamento. O trabalho da consultoria já havia sido iniciado bem antes, quando recebeu os projetos das peças e também do cais do estaleiro. “Notamos que havia uma limitação para o posicionamento dos guindastes devido à baixa capacidade do cais por área. Como o navio já havia sido carregado na China, não era mais possível viabilizar uma disposição da carga que facilitasse sua logística de desembarque”, conta Peixoto. A operação tinha ainda outras agravantes: colunas de concreto próximasà área prevista para a manobra dos guindastes, redução do espaço de atracação e manobra do navio pela área de dragagem e a variação das marés e velocidade do vento, que também impactavam os estudos em razão das grandes dimensões das peças. De seu lado, o EAS dispunha de apenas um guindaste Manitowoc M18000, com capacidade nominal de 750 t, para efetuar a descarga dos componentes.
Dimensões das peças críticas:
“Calculamos a pressão que seria exercida sobre as vigas estruturais do cais através das esteiras dos guindastes, distribuídas sobre chapas de aço e areia, considerando, em uma situação, o módulo mais pesado e, em outra, o de maior raio. A pressão máxima de 3,1kg/ cm² verificada durante as simulações foi informada ao EAS, que avaliou o projeto do cais e concluiu pela viabilidade da operação”, explica Peixoto. Quanto aos equipamentos, a IPS propôs a utilização de dois guindastes Manitowoc M18000, de 750 t. Uma esteira de cada equipamento foi posicionada sobre o trilho do guindaste portuário, reduzindo a pressão da carga sobre o cais e distribuindo-a sobre suas vigas estruturais. O EAS, que possuía um dos modelos, locou um segundo, que acabou adquirindo após a descarga do primeiro Goliath Crane. Dois guindastes telescópicos – um Demag AC 120 (120 t) e um Tadano AR 1000 (100 t) -, da Saraiva Equipamentos, foram empregados na montagem e desmontagem dos contrapesos do maxer (flutuante) dos guindastes M18000. No caso do motor, trazido no navio BBC Hudson, os dois M18000 foram usados no desembarque do módulo de maior peso – o Botton Section, com 350 t. Para cumprir o prazo de sete dias previsto no cronograma, as operações foram planejadas em dois turnos de 12 h diárias. Ou seja, 24 h ininterruptas.